TRÊS ANOS DEPOIS DE UM VÍDEO PRONTO A PRODUTORA GIROS NOS PROCURA PARA DEPOIMENTO

A produtora GIROS do Rio de Janeiro, embalada no sensacionalismo da tese do pseudo pesquisador Sidnei Aguilar, elaborou um filme intitulado MENINO 23 há mais de três anos. Diante de uma carta datada de 12 de dezembro de 2012, onde acusávamos a mesma de querer auferir vantagens financeiras com o lançamento de tal documentário, com depoimentos viciados e unilaterais, ameaçando-a a ter que responder judicialmente por tal ato, o lançamento do documentário ficou suspenso por todo esse tempo. Em 07/11/2015, fomos procurados pelo proprietário de tal produtora, sr. Belisario Franca, querendo nosso depoimento, certamente para dar um verniz de imparcialidade ao documentário e lançá-lo no circuito comercial, porém se negando a nos revelar o teor do mesmo. Diante da evidência de que o documentário já estava pronto com todo seu veneno acusatório, só necessitando nosso depoimento para respaldá-lo, nos negamos a depor e enviamos um email cujo teor se lê abaixo.

Sr. Belisario

Recebi com espanto seu telefonema TRÊS ANOS depois do envio de minha correspondência à sua produtora. Causa-me estranheza que depois de tanto tempo, com seu documentário certamente pronto, o senhor se interesse em inserir no mesmo, obviamente para se respaldar contra um processo, minhas declarações em defesa de minha família. Ocorre que seu trabalho já nasceu contaminado pelo vírus do sensacionalismo, o mesmo vírus que moveu o pretenso pesquisador, Sidnei Aguilar, a defender essa tese, que mais se prestaria a um roteiro de filme sensacionalista, e daí, certamente, o seu interesse.

A sua negativa em permitir que eu conheça o teor do documentário é, por si só, uma confissão da parcialidade do mesmo. Muito mais valiosos que minhas declarações, são os depoimentos absolutamente espontâneos, sinceros e revoltados dados pelos contemporâneos de meus familiares à época dos fatos citados, e que são de domínio público divulgado no canal Youtube. Se sua produtora, diferentemente do “roteirista” Aguilar, quiser realmente divulgar quem foi e o que fez a família Rocha Miranda em suas fazendas no interior de São Paulo, que comece entrevistando a todas as pessoas que depuseram em meu vídeo, e não só a elas, pois a Campina do Monte Alegre é residência de dezenas de pessoas que certamente gostariam de falar quem foi Renato Rocha Miranda Filho e sua família e a importância que ela teve para aquela cidade. Sugiro que insista, em suas entrevistas, na tese de escravidão dos meninos provenientes da Casa da Roda, do Rio de Janeiro, e ouça o que elas terão a dizer. Não temos nada de que nos envergonhemos, Sr. Belisario, temos, isso sim, um orgulho enorme da obra que minha família desenvolveu naquela região de São Paulo. Mas talvez seu interesse esmoreça, pois essa verdade não gera receita, não é mesmo?

O teor desse email será transcrito em nosso blog de defesa da família Rocha Miranda.

Atenciosamente,

Mauricio Rocha Miranda